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Especialista defende que cultura empreendedora deve começar a ser estimulada já na infância

Debate foi um dos eventos da SBPC Inovação nesta quarta-feira

Na SBPC Inovação, um dos temas dos debates desta quarta-feira foi o empreendorismo inovador. Uma mesa redonda sobre o tema coordenada por Ricardo Silva Pereira, responsável pela Agência UFRJ de Inovação, contou com a participação de Alexander Ferreira Lavelli, consultor de negócios do Sebrae de São Paulo, e de Jarbas Caiado de Castro Neto, professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da USP.

Durante o evento, Alexander Lavelli falou sobre como o empreendedorismo pode fazer a diferença em uma nação, apresentando alguns dos projetos desenvolvidos pelo Sebrae no País. Segundo o consultor, empreendedores são pessoas imaginativas, que têm uma ideia e a capacidade de colocá-la em prática, definindo alvos específicos. Para ele, também é preciso desenvolver uma mentalidade empreendedora desde a base e não somente quando a pessoa já teve uma ideia. “O Sebrae trabalha com o empreendedorismo com foco na cultura inovadora desde a base, não só na academia, mas também desenvolvendo vários projetos com crianças nas escolas”, relatou.

Lavelli também explicou que muito do sucesso do desenvolvimento das empresas depende do comportamento do empreendedor e da forma como ele reage às situações. Embora haja um número significativo de características próprias a diferentes empreendedores de sucesso, algumas das atitudes de destaque, segundo Lavelli, são iniciativa, persistência, busca de oportunidades e comprometimento com aquilo que se faz.

Jarbas Caiado, por sua vez, iniciou sua palestra explicando sua visão do conceito de inovação, que seria uma ideia associada à vontade de ganhar dinheiro, enquanto a inovação tecnológica seria a ideia somada ao conhecimento em tecnologia. Para o pesquisador, é preciso quebrar o paradigma latino-americano que considera a ambição e o dinheiro como pecados, pois estes são essenciais para o desenvolvimento. “Nós temos uma responsabilidade muito grande de fazer transformações e de mostrar aos nossos estudantes que ambição é importante, nos ajuda a ganhar dinheiro e a desenvolver a sociedade”, alegou.

Caiado apresentou rankings que mostram que as marcas mais valiosas do mundo são de empresas jovens, voltadas à tecnologia e que iniciaram as suas atividades em garagens, como Apple, Samsung, Microsoft e Google, com o intuito de demonstrar como a tecnologia associada à inovação pode, na sua opinião, mudar o mundo. No entanto, ele explicou que um dos maiores desafios do empreendedorismo inovador é saber definir quando uma ideia merece investimento. “O segredo do sucesso é pegar este um milhão de ideias que surgem e saber pescar, determinar qual vai ter sucesso. O Steve Jobs era uma pessoa que sabia fazer isso muito bem”, concluiu.


Texto: Paula Penedo (Comissão de Comunicação da Reunião Anual / FAI-UFSCar)

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