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Aldo Rebelo aborda desafios e perspectivas da CT&I no Brasil em conferência de abertura da SBPC

Ministro voltou a falar da recomposição do orçamento de CT&I, com ênfase no fundo social do pré-sal

Nesta segunda-feira, 13 de julho, o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, realizou a conferência de abertura da programação científica da 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece no Campus São Carlos da UFSCar.

Durante a conferência, Rebelo falou sobre os esforços realizados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) pela emancipação científica e tecnológica do Brasil. “Estamos em busca de um país desenvolvido e socialmente equilibrado e o MCTI visa olhar para o futuro, e não apenas para as adversidades do momento. O Brasil precisa da Ciência, Tecnologia e Inovação para promover sua independência científica”, afirmou o Ministro.

Em seu discurso, Rebelo destacou a criação de programas estratégicos pelo MCTI para alavancar a CT&I no Brasil e que precisam ser aprimorados, como o projeto de construção e desenvolvimento de satélites; o Programa Nuclear Brasileiro; o fortalecimento da proteção digital; os acordos de cooperação com demais países no intuito de se ajudarem mutuamente em áreas como Saúde, Aeroespacial, energias; dentre outros.

O Ministro também abordou os desafios visíveis enfrentados pelo País em diversas áreas, como a da Saúde. “Ainda temos doenças negligenciadas que afetam principalmente as regiões mais carentes do Brasil e que ainda não foram solucionadas, como malária, esquistossomose e leishmaniose. Nesse sentido, é preciso que o País tenha apoio e investimento governamentais para que consiga produzir Ciência, pesquisa e inovação e, consequentemente, atenuar os problemas ainda enfrentados pela população.”

Dentre as perspectivas no âmbito da CT&I para a robustez de verba, Rebelo destacou a importância da recomposição do orçamento a partir do pré-sal, propondo que parte das verbas da exploração de petróleo no País seja diretamente repassada à área, como já havia mencionado ontem na cerimônia de abertura da Reunião Anual. “O MCTI está trabalhando nessa proposta com outros agentes para que tenhamos, com a regulamentação dos 50% do fundo social do pré-sal, uma parcela significativa para a Ciência. Não é possível destinar parte da verba apenas à Saúde e à Educação e excluir a Ciência dessa porcentagem. Os recursos devem alcançar um universo que vai além do MCTI e este é o nosso intuito”, ressaltou.

No evento, o Ministro também destacou a relevância de alocar orçamentos para fundos setoriais e organizações sociais. Para Rebelo, o Brasil é um país que possui carências distintas e este é um dos grandes percalços enfrentados. “É um desafio para o MCTI lutar para manter o País em uma condição de desenvolvimento compatível com seu tamanho e peculiaridade”, finalizou.

 

Texto: Adriana Arruda (Comissão de Comunicação da Reunião Anual / CCS-UFSCar)

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