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Projeto Sirius amplia a capacidade de produção de conhecimento no Brasil

A nova fonte de luz síncrotron possibilitará a análise de estruturas moleculares em escala nanométrica

Ampliar as possibilidades de pesquisa e colocar o Brasil em posição de destaque no cenário acadêmico internacional foi um dos principais feitos da fonte de luz síncrotron instalada no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) em Campinas e em operação desde 1997. Hoje, o País passa por mais um processo de superação estrutural com o projeto Sirius, também do LNLS, que amplifica as possibilidades de estudos.

A mesa redonda “Sirius – a mais moderna fonte de fótons do hemistério Sul: o que pode ser feito com ele”, que aconteceu na quinta-feira (16/7) abordou o histórico, a construção e as aplicações do equipamento. O Diretor do LNLS, Antônio José Roque da Silva, iniciou o debate apresentando o projeto, que só encontra similar, em termos de estrutura, em iniciativa em andamento na Suécia. A construção da fonte de fótons possibilitará estudos de estruturas moleculares em escala nanométrica, a partir da utilização de raios X e radiação ultravioleta em diversos comprimentos de onda e alto brilho. Com previsão de início das atividades para o ano de 2018, o Sirius poderá viabilizar a visualização de estruturas atômicas e moleculares e a topografia de metais, proteínas e enzimas, por exemplo. Silva reforçou que o equipamento pode ser aplicado em áreas estratégicas para o País, como agricultura e saúde, e atender às necessidades da comunidade científica internacional. “Esta é uma ferramenta versátil que pode ser utilizada em diferentes áreas”, salientou o Diretor do LNLS.

Em seguida, Daniela Zanchet, do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), apresentou as possibilidades em relação a estudos de processos catalíticos. As apresentações foram encerradas pelo pesquisador Humberto D'Muniz Pereira, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo, que expôs a importância do equipamento para visualização de proteínas, enzimas e outras moléculas complexas, bem como para compreender o comportamento das células em condições normais e patológicas. Além da construção de uma estrutura desse porte, Silva destacou que a formação de recursos humanos é fundamental. “A Ciência é feita pelos usuários e é isso que vai determinar o sucesso do Sirius”, afirmou.

Mais informações sobre o projeto Sirius podem ser conferidos no site do LNLS.

Texto: Enzo Kuratomi (Comissão de Comunicação da Reunião Anual / CCS-UFSCar)

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